Impactos sociais da atuação de Amigos do Bem no sertão nordestino chegam a R$ 2,1 bilhões, segundo IDIS

De acordo com análise, o Retorno Social sobre Investimento (SROI) da instituição é de 6,45, ou seja, cada R$ 1 doado ao projeto se transforma em R$ 6,45 na ponta

 

A Instituição Social Amigos do Bem, que atua há 29 anos para combater a miséria e o abandono no sertão nordestino, o semiárido mais populoso do mundo, atendendo regularmente 150 mil pessoas de 300 povoados com projetos de educação para mais de 10 mil crianças e jovens, trabalho e renda para 1.500 homens e mulheres, além de acesso à água, moradia e saúde, realizou um encontro com 250 empresas que apoiam mensalmente a instituição com doações, parcerias e iniciativas de impacto social. O Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS), uma organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP) pioneira no apoio técnico ao investidor social no Brasil, trouxe aos empresários o tamanho do impacto de Amigos do Bem em números: o Retorno Social sobre Investimento (SROI) da instituição é de 6,45, ou seja, cada R$ 1 doado ao projeto se transforma em R$ 6,45 na ponta, a quem é atendido no sertão nordestino.

Ainda de acordo com o IDIS, os investimentos realizados por Amigos do Bem entre 2012 e 2021 geraram e gerarão impactos sociais na ordem de R$ 2,1 bilhões. O impacto maior, segundo o estudo, pode ser observado nas frentes de trabalho e renda (38,4%) e educação (35,7%), reforçando o Modelo de Desenvolvimento Social Sustentável criado pela instituição.

 

Retorno Social positivo e elevado

Segundo a análise do IDIS, o retorno social do investimento nos Amigos do Bem é positivo e elevado, levando transformações concretas aos seus beneficiários e voluntários. O Instituto revelou ainda que o fortalecimento de habilidades socioemocionais contribuem para a disseminação dos impactos ao longo dos anos, como o crescimento do trabalho voluntário no Sertão; as iniciativas em água e moradia, bem como em saúde e distribuição de cestas básicas proporcionam uma vida digna aos moradores do semiárido, potencializando os impactos em educação, trabalho e mudança de mentalidade; e, por fim, que há um grande potencial para replicação do modelo de atendimento em outras localidades do sertão nordestino, aproveitando toda a expertise desenvolvida pelos Amigos do Bem, sua governança, equipe e voluntários.

“Temos visto um aumento no interesse de organizações sociais e investidores em fazer a avaliação de impacto de seus projetos, afinal essa é uma ferramenta poderosa para identificar os benefícios sociais dos investimentos. Os resultados dos Amigos do Bem, alcançando mais de R$ 2 bilhões em impactos gerados, apontam o nível de amadurecimento e de amplitude da organização, que beneficia com grande profundidade as pessoas no Sertão Nordestino, além da apontar para o potencial de replicação da iniciativa para outros territórios”, destaca Felipe Insunza Groba, gerente de projetos no IDIS

 A análise confirmou conquistas da instituição social mesmo com o cenário adverso da pandemia: a quantidade de pessoas regularmente atendidas por Amigos do Bem dobrou de 75 mil para 150 mil; 450 mil cestas básicas foram distribuídas; 4 hospitais locais foram estruturados; foram criadas praças digitais para inclusão social e digital, além da instalação de um “Container do Bem”, com o objetivo de promover o empreendedorismo. Na educação, uma grande vitória: após uma força-tarefa realizada por Amigos do Bem, a escola de Inajá, em Pernambuco, atingiu nota 8,0 no IDEB do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental, ficando acima da média de escolas particulares do Rio de Janeiro e de São Paulo.

Há quase três décadas atuamos no sertão nordestino, que enfrenta uma miséria secular. Ainda hoje, milhões de pessoas vivem em casas de barro, sem água, alimentos ou qualquer recurso. Com a ajuda de colaboradores e de 10.600 voluntários, estamos transformando efetivamente a vida de milhares de pessoas, levando recursos básicos para a vida e construindo um futuro diferente com educação e trabalho. Juntos estamos deixando um legado de transformação para milhares de famílias que vivem em uma das regiões mais carentes do país”, comenta Alcione Albanesi, presidente e fundadora de Amigos do Bem.

Além das conquistas, a instituição social reforçou as iniciativas de ESG e anunciou investimentos na preservação do meio ambiente, como o uso de energia solar no sertão, reflorestamento, polinização das plantações e reuso da matéria-prima da castanha.