Alimentos, brinquedos e otimismo: Amigos do Bem arrecada 300 toneladas para o Rio Grande do Sul

“Os abrigos estão estruturados, com alimentos, mas com todos muito tristes”. A empresária Alcione Albanesi, fundadora da ONG Amigos do Bem, chegou neste sábado a Porto Alegre para se juntar a um exército de a milhares de voluntários que há duas semanas trabalham para ajudar os atingidos pela enchentes históricas no Rio Grande do Sul.

A Amigos do Bem está levando ao estado 300 toneladas de doações, que incluem alimentos, medicamentos, doces e brinquedos. Serão 12 carretas carregadas de produtos arrecadados por 5 mil voluntários em São Paulo neste sábado.

Cerca de 30 voluntários participarão da distribuição, levando ao Rio Grande do Sul a experiência acumulada em 30 anos de trabalhos no sertão do Nordeste. O grupo tem médicos, psicólogos e enfermeiros, além de responsáveis por amenidades como músicas e pinturas de rosto.

“Não é só alimento. Nossas distribuições sempre levam alegria, esperança, procuram alcançar o coração das pessoas. A saúde mental também importa”, diz Alcione.

O objetivo da instituição é ir a todos os abrigos para auxiliar os voluntários. “Atendemos 300 povoados e 150 mil pessoas na região mais carente do Brasil. Achamos que podemos colaborar”, diz a fundadora da instituição.

No sertão nordestino, a Amigos do Bem é conhecida por um sofisticado sistema de cadastros com códigos de barras que permite identificar as necessidades de cada família e fazer um atendimento personalizado. A expectativa é levar parte desta tecnologia para ajudar os atingidos pelas cheias. “Com o passar dos dias vai ficando mais claro que determinada pessoa precisa de um tipo específico de remédio, por exemplo, e precisaremos de uma logística azeitada para entregar”, diz.

A empresária que há 30 anos fundou a instituição diz que está em contato com prefeitura de Porto Alegre e Defesa Civil, e que tem como objetivo tentar impulsionar um trabalho muito bem-feito que já está em campo. “Temos data para chegar, e vamos ficar enquanto nossa contribuição for necessária”, diz.